segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tecnologia elaborada pelo MIT permite aumentar taxas de conexão da internet em até mil vezes




RIO - No lendário Massachusetts Institute of Technology (MIT) já se cozinha uma internet Fórmula-1. A promessa é que as conexões do futuro alcancem velocidades cem ou até mil vezes maiores que as atuais.

O coração da mudança está numa tecnologia desenvolvida pelo professor Vincent Chan e sua equipe. Ela elimina a conversão de dados ópticos em sinais elétricos feita pelos roteadores, que lidam com o tráfego na grande rede. Tal conversão é muitas vezes a responsável pela lentidão das conexões. O que acontece é que, quando esses dados chegam aos aparelhos, eles precisam transformá-los em sinais elétricos, que são processados e reconvertidos em sinais ópticos para a transmissão.

A turma do MIT pensou: e se, entre lugares que lidam com um grande volume de informações, pudéssemos fazer uma trilha dedicada para elas? Nasceu assim o conceito de "flow switching", que faz exatamente isso. Entre localidades que são o destino de verdadeiros calhamaços digitais de dados, um caminho único é construído. Esse caminho é baseado num determinado comprimento de onda dos sinais ópticos. De uma cidade a outra, nessa conexão especial, só esse comprimento passa para lá e para cá, sem que seja preciso converter os sinais ópticos em elétricos. Com isso, a velocidade aumenta vertiginosamente. E ainda se economiza energia.

Segundo Chan - que, contatado por DIGITAL, nos remeteu a um artigo do MIT sobre o tema - esse tipo de conexão dedicada até já acontece hoje na internet. Empresas com toneladas de servidores web, como o Google e o Facebook, usam essas conexões dedicadas de alta velocidade entre suas diferentes sedes nos EUA. Só que nesse caso a banda web entre os locais é fixa. Então, nos momentos em que não há muita demanda por tráfego de informações, a banda é desperdiçada.

Chan resolveu isso tornando a banda dinâmica. Ela ganha mais conexões dedicadas à medida que seus roteadores precisam delas, ou menos se o tráfego decrescer.

Especialistas dizem que a novidade não seria economicamente viável, pois seria caro trocar todos os roteadores atuais pelos turbinados. Mas, segundo Chan, logo haverá demanda pelas maiores velocidades, à medida que, por exemplo, a alta definição em vídeo passar cada vez mais da TV para a internet.

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