sexta-feira, 25 de maio de 2012

Windows 8.

Windows 8 no desktop: solucionando o problema do touchscreen

Um dos principais destaques do Windows 8 é o uso de gestos para o controle de muitas das funções do desktop, saindo da velha metáfora de controle usando apenas o mouse. Nos tablets isso faz naturalmente todo o sentido, mas nos desktops e notebooks a mudança soa estranha em muitas situações.


Uma das grandes expectativas (e apreensões) do mercado é que com o Windows 8 os fabricantes de notebooks passarão a ser pressionados (tanto pela Microsoft quanto por uma grande parcela dos usuários) a incluírem telas touchscreen nos aparelhos. Isso não é algo necessariamente ruim do ponto de vista da interface (desde que o touchpad continue lá, você pode simplesmente ignorar o touchscreen se não quiser usá-lo) mas é algo ruim do ponto de vista do custo, já que incluir uma tela touchscreen com Gorila Glass em um notebook ou ultrabook aumenta o custo final em de 100 a 150 dólares, o que elevará muito a faixa de preço nos aparelhos.

A menos que alguém encontre alguma forma de reduzir miraculosamente estes valores, eu sou cético em relação à popularização do touchscreen nos notebooks, já que os usuários estão acostumados a comprarem aparelhos na casa dos US$ 400 a US$ 600 (a faixa dos 1200 a 2000 reais no Brasil) e não vão querer passar a pagar quase 40% mais caro. Existirão muitos modelos especializados, notebooks conversíveis e assim por diante, mas eles devem continuar a responder por uma fatia pequena das vendas.

Naturalmente, a Microsoft sabe que terá uma batalha difícil pela frente, por isso está se cercando de outras opções. A primeira delas é o uso do touchpad para gestos, algo que a Apple tem feito com sucesso e que soa como uma evolução natural. A segunda é o uso de mouses especiais, como o Touch Mouse que foi anunciado ano passado:




À primeira vista parece um mouse de dois botões comum. A inovação é o uso de uma camada capacitiva que engloba toda a parte frontal do mouse, que além da rolagem horizontal e vertical, permite que a própria superfície do mouse seja usada para gestos, oferecendo uma opção aos usuários desktop.

A menos que o Windows 8 acabe por ser um novo fracasso para a Microsoft devido ao grande volume de mudanças trazidas pelo sistema operacional, é provável que muitas coisas comecem a mudar na forma que como interagimos com os computadores, o que poderíamos definir como uma tabletização dos desktops.

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