sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Novas Tecnologias.

Nova técnica permite imprimir circuitos de grafeno via ink-jet

As especulações sobre a possibilidade de imprimir circuitos usando impressoras jato de tinta são quase tão antigas quanto as impressoras propriamente ditas. Afinal, imprimir circuitos sobre polímeros plásticos e ainda por cima usando uma técnica barata, derivada das impressoras domésticas, abriria muitas possibilidades, permitindo a criação de circuitos baratos para todo o tipo de aplicações e até mesmo circuitos flexíveis e laváveis para uso em roupas.

Até o momento, os projetos neste sentido têm se concentrado no uso de pigmentos metálicos, que permitem imprimir transístores, células de memória e outros componentes para criar circuitos simples. A principal diferença entre estes circuitos impressos e os de silício é (além da brutal diferença de escala) o fato de que os circuitos impressos são "chatos", com os diferentes elementos de cada transístor sendo impressos na horizontal, sobre uma área relativamente grande, em vez de na vertical como é possível usando o processo de litografia. Um bom exemplo são os circuitos de memória da Thinfilm, uma espécie de etiqueta inteligente que armazena 20 bits de informação:


Além da baixa densidade (com a tecnologia atual é possível imprimir apenas algumas dezenas de transístores e/ou células de memória por circuito) os circuitos atuais são muito lentos, operando a apenas algumas centenas de ciclos por segundo, o que restringe as aplicações práticas às etiquetas eletrônicas e alguns tipos de sensores simples. Eles são relativamente baratos, mas é basicamente a única coisa de bom que se pode dizer sobre eles.

Uma possível solução veio de um grupo de pesquisadores da universidade de Cambridge, que descobriram que é possível aumentar o desempenho dos circuitos e ainda por cima aumentar sua densidade usando grafeno no pigmento de impressão.

Além da tecnologia de impressão dos circuitos, o grupo descobriu uma forma barata de obter grafeno para o pigmento, usando um solvente químico para dissolver o grafite e em seguida um processo de filtragem para isolar o grafeno utilizável. As informações divulgadas pelo grupo também mostram mais claramente a composição dos circuitos impressos, que com exceção da camada de grafeno são bastante similares aos que estão atualmente em produção:


Não espere que o grafeno permita imprimir um Core i7 ou Bulldozer em nenhum futuro próximo, mas estas descobertas podem abrir muitas portas, com circuitos utilizáveis em roupas, brinquedos inteligentes, circuitos de segurança, circuitos descartáveis e assim por diante.




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